Esporte

Selvageria em Santa Catarina 

Mais uma vez no futebol nacional a briga de torcidas levará mais atenção do que o jogo. Neste domingo, em Joinville (SC), fãs de Atlético-PR e Vasco entraram em conflito no estádio que recebe a partida válida pela última rodada do Brasileirão. E a praça de guerra, com certeza, vai rodar o mundo.
Então, as cenas foram lamentáveis, com pancadarias em vários pontos das arquibancada. Quatro torcedores feridos levados ao Hospital Municipal São José.Torcedores do times paranaense e carioca se provocavam, até que os mandantes invadiram a parte a que estava destinada os cariocas.
O que está em estado mais grave é Willian Batista, de 19 anos, torcedor do Furacão, com traumatismo craniano, mas está consciente; o outro atleticano é Estevão Viana, 24; os dois vascaínos são Gabriel Ferreira Vitael, 20, e Diogo Cordeiro da Costa Ferreira, 29.
"Todos eles estão conscientes, e os dois vascaínos podem ter alta ainda hoje, dependendo da evolução. Eles sofreram lesões na cabeça e no corpo devido a chutes recebidos nas brigas", disse o gerente de enfermagem do hospital, Robson Duarte - o primeiro a receber alta foi Diogo Cordeiro.
Alguns fãs do Vasco invadiram o campo para fugir dos focos da confusão. A polícia entrou em ação depois de mais dez minutos do início das confusões com bombas de efeito moral e conseguiu, após muito custo, dispersar os "brigões".
Existe uma lei no estado de Santa Catarina que proíbe a presença de PMs dentro das arenas esportivas. Por isso, a segurança foi feita por cerca de 100 profissionais particulares. Por causa disso, uma das torcidas organizadas do Atlético-PR nem vendeu ingressos para crianças e mulheres. Depois, porém, 160 policiais apareceram para reforçar a segurança.
"Isso é lamentável... Fica difícil, dá vontade de ir embora para casa", afirmou o atleticano.Jogadores, como Luiz Alberto e Éverton, choravam copiosamente no gramado. A expressão dos técnicos Vágner Mancini e Adilson Batista era de desolação. "Isso em um país de Copa do Mundo... Torcedores sendo agredidos, é difícil. Tô chocado, não dá. A gente acha que pessoas morreram, encurralaram, não tem necessidade disso, isso, isso não é esporte", falou o vascaíno.
"Eles não estão respeitando a vida. São vidas que estão aqui. Não tem policiamento! Não é primeira, segunda divisão... Estou pensando em vidas. E eles vão ser responsabilizados", falou Roberto Dinamite, presidente do Vasco, já de dentro do gramado.



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